#O que não deixa o expectador perdido...
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victor1990hugo · 2 years ago
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melgabriellioliveira · 4 years ago
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OS 10 MELHORES FILMES DE ANIME QUE TODOS DEVERIAM ASSISTIR (na minha opinião).
10° A VOZ DO SILÊNCIO
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Esse filme conta a história de Shoya Ishida, um bully, e Shoko Nishimiya, uma menina com um tipo de deficiência auditiva. A história começa quando Shoko Nishimiya chega na escola nova e apesar de no início os outros colegas terem curiosidade sobre a situação dela, logo começam a entender que ela era diferente e a maltratam. Um dos garotos que sempre insistia era Shoya, que constantemente implicava com a menina chegando até a extremos físicos. Porém, anos depois, quando ele e todos os seus colegas (que também o apoiavam) percebem que o que faziam era errado, Shoya se vê em uma situação onde ele era a “vitima”.
Minha opinião (sem spoilers): Sem dúvida é um dos filmes mais incríveis que eu já vi, a forma como a história se desenvolve não forçando o relacionamento dos personagens. Não é apenas uma história sobre bullying, apesar de ser um ponto bem forte do filme, é também uma história de empatia, nos lembra que quando somos crianças não temos ideia do que estamos fazendo ou das consequências dos nossos atos. Sem contar as várias vezes que o expectador consegue se encontrar no filme, tanto no passado quando os mostra crianças que apenas fazem besteiras para poderem se encaixar em grupos sociais, quanto nas cenas do presente, onde os personagens são adolescentes e conseguem de certa forma, identificar seus próprios erros e aprender com eles. Não é só um filme bonitinho, com uma história sobre superação que poderia passar na Disney, é algo que acredito que as crianças deveriam ver para poderem entender sobre suas próprias atitudes. (Lembre-se de ver a classificação indicativa!)
9° A GAROTA QUE CONQUISTOU O TEMPO
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Uma adolescente chamada Makoto Kono em seu terceiro ano do ensino médio passa por eventos estranhos até que descobre que ela tem a capacidade de viajar através do tempo.Com o tempo, ela tenta usar esse novo poder para sua vantagem e como meio de ajudar o presente, mas logo descobre que a manipulação do tempo pode levar a grandes consequências.
Minha opinião (sem spoilers): Uma das coisas coisas que mais me chamou atenção foi com certeza a personagem principal, ela não meiga e dócil, ela é destemida e foi muito bem desenvolvida durante o filme. Particularmente, não achei a história muito original e o final não foi algo que me agradou muito, mas sinceramente, já era o tipo de final que eu esperava. Apesar disso, você fica tão envolvido com os personagens e nessa mistura de ficção científica com comédia, ação e romance que se tornam algo muito cativante e divertido. Realmente, é um excelente filme.
A história se passa em Yokohama em 1963 e acompanha Umi Matsuzaki, uma menina que vive em uma pensão e acaba conhecendo Shun Kazama, um menino membro de um clube escolar. Entretanto, a sede do clube é ameaçada de demolição, fazendo com que Umi e Shun se unam para tentar fazer com que um empresário local reconsidere a decisão. Um filme que mostra uma grande parte da história do Japão e a importância das bandeiras estendidas pelas causas as quais as pessoas da época lutavam. Sem contar a quantidade de personagens carismáticos e divertidos que se encontram no filme.
8°DA COLINA KOKURIKO
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Minha opinião (sem spoiler): Não me lembro da última vez em que eu vi um filme onde eu gostasse de todos os personagens, a forma como cada um, seja o principal ou apenas uns que tinha apenas duas falas, foram representados e criados de uma forma tão natural e divertida que é impossível não se apegar. A animação em si não é uma das melhores mas quase não é reparado isso, você fica tão envolvido com o roteiro que por um momento você esquece que é um filme. Ele traz a força que os jovens tem para mudar o que está acontecendo no mundo, mesmo que os adultos não escutem ou achem bobo. Sem contar os momentos românticos que te deixam com o coração na mão torcendo para que eles consigam resolver os seus problemas e fiquem juntos. Studio Ghibli, obrigada por esse e por muitos outros filmes dessa lista♥️
7° CRIANÇAS LOBO
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A história nos apresenta Hana, uma universitária que se casa com um lobisomem e tem filhos com ele. Porém, ele morre de forma misteriosa a obrigando a cuidar de seus filhos metade lobos e tentar interagi-los na sociedade sem que o seu segredo seja revelado. Um filme lindo e emocionante, que mostra a força de vontade materna e a dificuldade em criar os filhos para o mundo e de certa forma os proteger dele.
Minha opinião (sem spoilers): A primeira coisa que eu fiz depois de ver esse filme foi abraçar a minha mãe. Uma história que te faz chorar várias vezes ao longo do roteiro e que nos faz perceber a forma como as mães se sacrificam pelos filhos. Ele faz uma boa mistura de fantasia com realidade, com uma carga bem sentimental, sem ser piegas, e estes dois aspectos são combinados com perfeição neste anime lindíssimo. Apesar de eu ter chorado várias vezes ao longo da história, não é um filme depressivo, na verdade você se sente bem em como todas as coisas acontecerem, simplesmente te dar um ar de: É, é a vida. E a história também conta com vários momentos cômicos sendo nos apresentados pelas crianças-lobo.
6° A VIAGEM DE CHIHIRO
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Esse filme sem dúvida dispensa apresentações. Mas é sempre bom lembrar porque sempre tem um perdido. Aqui,te apresento a melhor criação do Studio Ghibli, vencedor do Oscar de melhor animação em 2003. A viagem de Chihiro.
uma menina de dez anos que se encontra em mudança junto com a sua família. Para economizar tempo, seu pai toma um atalho, porém acabam perdidos e chegam a um estranho túnel. Ao atravessá-lo, a família se depara com um povoado abandonado; os pais da jovem encontram um restaurante e decidem comer alguns alimentos ali deixados, enquanto que a menina vai investigar o lugar. Uma vez chegada a noite, ela se aterroriza ao ver que o povoado está cheio de espíritos. Tentando encontrar seus pais, descobre que eles foram transformados em porcos pela bruxa Yubaba (Natsuki). Com isso, a personagem tenta achar uma maneira de romper o feitiço, resgatar seus pais e retornar à vida humana, enquanto trabalha para a bruxa em sua casa de banhos termais.
Minha opinião (sem spoilers): Então kkk, o enredo em bem maluco e a história pode não fazer muito sentido no começo, mas eu garanto que é um filme muito bom. Esse foi o primeiro filme de anime que eu assisti e eu me lembro de ficar procurando por dois dias pra ver se teria uma continuação (ainda não desisti de dar sonho). Sinceramente, acho a Chihiro uma personagem incrivemente corajosa pra idade dela, além de ser bastante destemida. Uma das coisas que me surpreende nos filmes de anime é a capacidade de fazer crianças bem novas, serem legais. E a Chihiro é o tipo de criança que faz você querer ter sido amigo dela nessa idade, talvez por ela ser muito nova ela encare as coisas de um jeito diferente. Se eu estivesse no lugar dela, provavelmente eu iria enlouquecer. Mas talvez, seja mais fácil para uma criança “aceitar” uma realidade mágica, não questionar como ou porque as coisas acontecem com os feitiços e mesmo assim nada disso distrai ela do seu verdadeiro intuito. Salvar os seus pais. O filme tem uma animação perfeita, uma história perfeita, personagens perfeitos. Enfim, tudo perfeito. Então, assista! Vlw mais uma vez Studio Ghibli♥️
5° MEU AMIGO TOTORO
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As irmãs Satsuki e Mei se mudam para o campo para ficar mais perto do hospital onde sua mãe está internada. Lá conhecem os Totoros, adoráveis criaturas místicas e alegres, que só podem ser vistas pelas crianças. Com eles, as duas irmãs viverão mágicas aventuras no campo. Um filme que mostra uma relação ótima de família, principalmente de irmãs, sem contar a quantidade de personagens otimistas e a forma incrível como o filme dialoga com o público mesmo depois de tantos anos.
Minha opinião (sem spoilers): O filme mais antigo dessa lista... Mas também o mais good vibes e alegre também. Todas as coisas, desde o relacionamento das irmãs até a interação delas com esse mundo fantástico nos mostra a verdadeira beleza do filme, quase como uma válvula de escape. É um filme que te deixa realmente feliz, que te faz olhar pra um problema como *citando uma das críticas que eu vi sobre esse filme:O copo está meio cheio, mas não esquecemos que ele também está meio vazio*. Não ignoramos os problemas porque não é assim que eles vão embora, mas olhar eles de uma outra forma, talvez de uma forma mais infantil e inocente nós traga uma perspectiva que aquilo que parecia um monstro de sete cabeças, na verdade era só a sombra de roupa pendurada pendurada no armário. Se em crianças lobo nós vimos uma mãe incrível que cuida dos filhos, nos vemos um pai incrível que cuida sozinho de suas duas filhas. Não deixando os problemas externos afetarem na sua relação com as filhas, mas as incentivando a explorar e acreditar. Esse filme realmente é uma obra prima, que nunca deve ser perdido com o tempo.
4° SUSSURROS DO CORAÇÃO
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Shizuku, uma estudante que sonha ser uma escritora e decide, durante o verão, ler vinte livros. Mas, curiosamente, todas as edições que Shizuki pegou na biblioteca já haviam sido lidas por um tal de Seiji Amasawa. No decorrer da história, ela descobre que um garoto que implicava com ela era o Seiji, que a essa altura já o chava de Príncipe do livros, em seus sonhos.
Minha opinião (sem spoilers): É muito difícil fazer e/ou achar um enredo realmente bom pra esse filme, normalmente isso é algo que eu levaria em consideração, já que essa é a forma que o filme nos é mostrado. Mas, eu assisti esse filme por recomendação (não me importando com o enredo péssimo) e por isso eu faço a mesma coisa pra vocês. Assistam Sussuros do Coração, esse foi o primeiro filme do Studio Ghibli (que a essa altura sabemos que o melhor estúdio de filmes animes). Esse filme nos mostra um gênero muito interessante no cinema, chamado de Slice of life. Ele é comum entre as animações japonesas e alguns dos filmes já citados nessa lista estão dentro desse gênero. Mas nenhum deles retrata isso tão bem quanto Sussuros do Coração. Slice of life aborda um ar mais mundano em suas histórias, que normalmente representa a vida pura e simples de seus personagens, enquanto eles seguem em sua rotina e passam por situações normais, presentes na vida da maioria dos seres humanos, como o amadurecimento, relacionamentos e ambientes familiares. É daí que vem seu nome (literalmente “pedaço de vida” em inglês). E isso aborda muito bem o que acontece nesse filme. Não tem nada épico, com grandes heróis ou um drama cativante.
É apenas uma jovem adolescente prestes a entrar no ensino médio. Ela experiencia situações comuns a garotas de sua idade, como sentimentos em relação a garotos, cansaço em relação aos estudos, e a dúvida que a permeia por todo o filme; como será seu futuro. No início eu me identifiquei muito com ela por causa disso (e também por ela ter uma compulsão por livros kkk) mas eu percebi que é algo que qualquer adolescente pode se identificar e talvez seja por isso que seja tão bom. Nós prendemos a grandes histórias mirabolantes, cheias de ação e de plost twist, que as vezes nos subestimamos o simples e o normal, quando na verdade, isso pode se tornar uma história maravilhosa. E Sussuros do Coração é a prova disso♥️.
3° OLHOS DE GATO
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Miyo é uma jovem adolescente apaixonada por Hinode, um garoto com quem estuda. Na cabeça dela, os dois se conheceram no último festival de inverno e ele se declarara para ela. Só que há um detalhe: momentos antes de eles se encontrarem, Miyo, infeliz com sua vida, acabou comprando uma misteriosa máscara de gato, que realmente a transforma em gato. Então, o dia em que Hinode e ela se conheceram, Miyo era na verdade Taro, uma gata branca. E ela se encontra com Hinode (que pensa que ela é apenas uma gata de rua) todas as noites, passando horas com ele para depois voltar para sua casa.
Minha opinião (sem spoilers): Esse é um dos filmes mais bonitinhos que eu já vi, criada totalmente pela Netflix Japão e que me deixou ansiosa por meses, para conseguir superar minhas expectativas. Olhos de gato é um anime quase conto de fadas, e apesar de ser realmente algo muito bonito de ser ver, o filme trata de assuntos como: dificuldade dos jovens em comunicação (especialmente para falar seus sentimentos), a dissolução do núcleo familiar, a perda da identidade em função da pessoa querida, a pressão familiar em relação ao futuro dos jovens, o medo dos jovens de seguir o que o coração manda, e a facilidade da manipulação da cabeça dos adolescentes quando suas vidas não são satisfatórias. E apesar do início ser um pouco confuso, o filme ele da tempo de explicar e conseguir terminar sem pontas soltas. É realmente, uma história muito boa e que consegue ultrapassar suas expectativas.
2°O JARDIM DAS PALAVRAS
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Ele abre o início de estação chuvosa em Tóquio. Takao Akizuki é um estudante de 15 anos que mata aulas para dedicar-se ao que mais gosta: desenhar sapatos, no jardim de Shinjuku Gyoen. É justamente nesse local, que ele encontra Yukari Yukino, uma misteriosa mulher de 27 anos. E os dois começam a conversar praticamente todos os dias de chuva e criam um relacionamento onde tentam se ajudar ao mesmo tempo que não interferem na vida um do outro.
Minha opinião (com spoiler: mas por um bom motivo): Uma das coisas que me incomodou muito durante o filme, é que havia uma atração amorosa entre os personagens, e apesar de eu entender que isso foi muito importante para ambos durante a história, ainda não me deixou mais confortável. O que acho que você precisa saber é que eles não se beijam, e nem tem nenhum tipo de relação amorosa física ou realmente explicita. Não quero dizer se eles terminam “juntos” ou não porque quero dar o menos de spoiler possível, mas o que você precisa saber é que ambos os personagens tem os seus problemas e tem essas questões mal resolvidas nas vidas deles, mas esse amor que sentem um pelo outro é o que dá força pra eles realmente começarem a correr atrás da sua própria felicidade. Então, assista o filme e você entenderá, e vai perceber quanto a história é fascinante e faz atribuições a várias realidades de muita pessoas, desde distúrbios alimentares a dificuldade de expressar as suas vontades porque elas parecem bobas ou não suficientes. É um filme que consegue ser simples e complexo, e de toda essa lista, é o que tem a animação mais bem feita.
1° HOTARUBI NO MORI
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A história de Hotarubi no Mori e se foca em uma pequena garota chamada Hotaru. Ela se perde em uma floresta que popularmente é dita como uma floresta em que se reside vários espirítos. Na floresta Hotaru se depara com um jovem utilizando uma máscara de raposa. Ele se diz um espirito com uma maldição que no momento que um humano tocá-lo ele irá desaparecer. Não é um filme fácil de assistir, acredito que ele cause muitas emoções, mas acho que todos deveriam assitir pelo menos uma vez Hotarubi no Mori.
Minha opinião (sem spoilers): Pra mim, esse filme é obra de arte. De todos que eu citei esse é meu filme de anime favorito. Não é um filme fácil de assistir e nem algo que vai conseguir te satisfazer no final. Mas a obra em si e a forma como ela é desenvolvida a tornam o suficiente pra ela ser perfeita. Não posso dizer o porque dele não poder ser tocado por humanos e usar uma máscara,já que isso seria um spoiler, mas posso dizer que o desenrolar da história nos leva a revelações incríveis e nos mostra que amar demais as vezes pode sufocar uma pessoa. Além disso, a animação nos faz perceber que relações e sentimentos não são criados apenas no toque, mas em uma abertura do coração. Nos mostra que conversar com uma pessoa é mais importante do que ela realmente é por fora. E eu sei que todo mundo já conhece esse clichê de: “Ah não se pode julgar um livro pela capa, nem as pessoas pela aparência e blá blá blá” mas sabemos que na realidade não é assim. Nós vivemos em uma sociedade onde a aparência e a atração são mais importantes do que a essência de cada pessoa. O fato de você ser gordo demais ou magro demais, irá interferir na sua vida, assim como outros aspectos na sua aparência. Mas ver em um filme como esse, chegar a conclusão de que um amor e um relacionamento tão bonito assim pode existir– e realmente existem– nós deixa em paz com o mundo e com nós mesmos de uma forma inacreditável. Eu chorei com esse filme e choro todas as vezes que eu assisto esse filme. Mas eu fico feliz por enteder o que ele diz, entender o que o criador queria dizer. E acredito que sou uma pessoa melhor por acreditar no que ele diz. Nunca pensei que um filme de apenas 30 minutos fosse me tocar tanto, nem me fazer chorar. Mas ele é realmente merecedor de todos os aplausos de um público emocionado igual seria a um longa metragem num cinema.
Todos esses filmes estão na Netflix, exceto por Hotarubi No Mori e O Jardim Das Palavras(YouTube). Espero que tenham gostado😁♥️
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pensandoemrpg · 4 years ago
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31/07/2020
Já assistiu CURON?
É um ótimo seriado que estreou recentemente na Netflix.
A gente conferiu e viemos comentar como ele pode ser inspirador!
(Tentaremos não estragar sua diversão com Spoilers!)
Antes dos spoilers, ficam algumas ideias para inspirar uma aventura!
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CURON
O SERIADO Anna e seus dois filhos estão a caminho de da cidade de Curon. Os flashbacks de Anna falam de um passado muito mal resolvido na família, nos alertando que a história tem um segredo maior.
Ao chegarem, os 3 são mal recebidos pelo pai de Anna, Thomas, que urge para que eles deixem a cidade. Como Anna argumenta que estão com poucos recursos, Thomas os deixa ficar somente naquela noite.
O clima de suspense, de coisas não ditas, fica gritando através das cenas, deixando o expectador implorando por mais pistas do que realmente está ocorrendo. A geografia da cidade revela que há algo sinistro: é uma cidade construída completamente ao redor de um lago com uma única torre despontando das águas. Um lago eternamente em silêncio e sem barcos, ou pessoas se banhando; praticamente uma personagem solitária e isolada.
Na manhã seguinte, Anna "saiu para caminhar" e nunca mais voltou, deixando a narrativa a partir das percepções de seus filhos Daria e Mauro. Sozinhos com o avô, os adolescentes precisam enxergar a cidade além do clima interiorano, antes da cidade tomar suas próprias providências.
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NUM JOGO
Já começamos com o fato de que a cidade realmente existe!
Curon fica na Itália e tem o lago com a torre!
A torre foi o que sobrou de uma cidade inundada, então você já pode criar sua própria motivação desse alagamento (seja sobrenatural, ou não!). A "Maldição do Sino" é uma forma incrível de poder brincar com o conceito de Doppelganger! 
- Pode-se criar desde uma sociedade que busca a imortalidade, até uma seita de purificação que vê as duplicatas como formas aperfeiçoadas.
- Dá para ter um cativeiro para manter os Originais vivos, como forma de assegurar que as Duplicatas se manteriam vivas por muito tempo, vivendo pelo mundo, etc. e, quem sabe, competiria a um grupo de pessoas salvá-los?!
- Ainda, e se fosse uma equipe com a missão de capturar, pelo menos, um casal de Duplicatas para análise? Esses Duplos possuem mais força, mais rapidez, mais resistência, ou algo diferente?
- E se os jogadores fossem Duplicatas e precisassem passar despercebidos na cidade? (Onde esconderiam seu Original? Eles o matariam? E como a comunidade local reagiria com isso "Milagre vs. Abominação"?).
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SPOILER ALERT (mais detalhes do seriado, mas não todos!)
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Em Curon, a cidade é sinistra antes dessas personagens existirem. Há uma lenda sobre as badaladas da torre no meio do lado, uma torre que não possui sino: quem escutar as badaladas do sino irá morrer.
Ainda, os habitantes da cidade odeiam os Rainas, a família de Anna. Quando os adolescentes, filhos dela, caminham pela cidade a hostilidade é visível, até mesmo palpável. Ninguém quer serví-los num bar, ninguém quer seus filhos andando com eles. Sem o benefício da dúvida, ou uma explicação, é possível ver que o segredo dos habitantes da cidade é levado a sério, o desprezo está lá. Até que finalmente se enturmam com alguns jovens.
Nos flashbacks de Anna, ela enxerga a si mesma atirando em sua mãe. Na primeira noite em que passam no hotel do avô, Mauro cisma com barulhos estranhos nos andares de cima da construção. O avô esquiva das perguntas, usando seu jeito mal humorado como explicação.
Quando sua mãe some, Daria e Mauro reagem de formas diferentes. Daria acha normal, porque a mãe já havia sumido antes; Mauro acha estranho, porque ela não comentou nada dessa vez. O celular deixado para trás, deixa mais dúvidas no jovem.
Conforme a permanência dos irmãos, em Curon, se torna inevitável, afinal, Anna ainda está sumida, outra personagens vão vindo a tona... Enquanto outras somem.
Um aluno da escola dos gêmeos escuta as badaladas do sino e é confrontado por seu Duplo, que é mais dinâmico, mais ativo, mais violento e guiado por todas as coisas que seu Original jamais expressou. O Duplo mata seu Original e assume seu lugar, desta vez, colocando em prática todos os desejos que sempre reprimira.
É nesse momento que fica mais claro o que é a maldição do lago: se você escutar as badaladas, seu Duplo virá até você para reivindicar seu lugar, para viver o que você não viveu. (Aliás, a cena dos Duplos saindo do lago é muito bacana!) Também é nesse momento que se descobrem mais histórias de Duplos na comunidade local, um deles, vivendo normalmente, tendo uma família; outro, sendo criado em cativeiro como forma de manter laços com o Original perdido.
Além das história e ímpetos desses Duplos, é possível ver que humanos comuns compactuam com essas existências, pois servem a suas próprias necessidades, sejam essas carência, ódio, insegurança, amor, etc.
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O FIM DA 1ª TEMPORADA - - - MAIS SPOILERS!!!
(SÉRIO, SPOILERS PRA CARAMBA!!!)
(Se vc ainda não viu o seriado... Leia por sua conta e risco!!!)
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 Anna tinha um Duplo que matou sua mãe, mas que foi aprisionado por seu pai no sótão do hotel. Tantas coisas aconteceram naquela época, incluindo a gravidez não desejada, que ela bloqueou muita coisa. Mas, com seu retorno, seu Duplo escapa e a sequestra. Essa duplicata sabe tudo sobre ela, exceto o que houve com Anna desde que ela foi embora, por isso, a mantém viva para captar informações e poder assumi a maternidade de Daria e Mauro (em sua mente, a Duplicata acredita que só ela realmente vai amar e proteger Mauro e Daria).
A Duplicata de Anna tenta se enturmar com os gêmeos. Enquanto Daria parece achar que tudo está bem, Mauro sente que há algo errado com aquela mulher que diz ser sua mãe. A Duplicata de Anna tenta amolecer os gêmeos com a sobremesa favorita deles, mas como Anna não conta toda a verdade, a Duplicata esquece de remover o amendoim dentre os ingredientes, causando uma crise alérgica em Mauro que, agora, tem certeza de que aquela não é a mãe deles. Mauro convence Daria de que algo está errado.
Os gêmeos se dão conta de que um ex-namorado de Anna pode estar por trás do desaparecimento dela e começam a investigar. As pistas acabam levando a prisão dele. Conforme mais flashbacks são incorporados na história, descobre-se que ele é um Duplo, que o verdadeiro ex-namorado de Anna morreu no lago há anos atrás, mas que a amiga dele, apaixonada por ele, guardou seu segredo e se casou com ele. (Aqui, descobrimos que os amigos dos irmãos Rainas são filhos de um Duplo.)
Os duplos de Anna e de seu ex-namorado têm um caso agora. Isso leva a esposa do Duplo a reconsiderar a proteção de seu segredo, cheia de raiva, ela escuta as badaladas. Seu marido (o Duplo), diz que o amor acabou, mas que vai protegê-la, pois reconhece que a lealdade dela foi fundamental para a vida dele todos esses anos. Ele mata a Duplicata da esposa e vai embora. O que ninguém imaginava é que a Duplicata continuará retornando à vida enquanto seu Original viver. A Duplicata mata a esposa e dá início a seus planos. Daria, Mauro e seus amigos vão tentar localizar e libertar a verdadeira Anna no meio da floresta. Agora, as Duplicatas estão atrás deles, antes que achem a verdadeira Anna e estraguem todos os planos.
Quando conseguem chegar ao cativeiro, as Duplicatas já estão lá. Num jogo de quem engana quem, o Duplo ex-namorado de Anna dá um tiro na verdadeira Anna e se mata. A Duplicata de Anna foge, tentando cativar os gêmeos uma última vez, mas falha, e cai de um penhasco.
Os amigos dos Rainas voltam para casa com sua mãe, sem desconfiar que ela, agora, é uma Duplicata. Os Rainas voltam para ficar com o avô, Thomas, que lamenta o desfecho que tentava prevenir desde que mandara Anna embora de Curon há tantos anos.
Em outro lugar, "Os Rainas são um problema", conclui a comunidade de Curon. Eles concordam que se Anna Raina e seus filhos não tivessem retornado, tudo estaria bem, logo, já que a volta deles trouxe distúrbios, está na hora da comunidade tomar providências quanto a isso de uma vez por todas. Enquanto a tragédia parece assentar, e a culpa remói alguns sobreviventes, os sinos tocam novamente... E duas figuras humanas aparecem sob a superfície congelada do lago, batendo com suas mãos para sair.
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(finalmente, TERMINAMOS!)
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ricardofonseca · 6 years ago
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Ecos do único debate no Maranhão.
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Foto: Divulgação. 
O Maranhão inteiro acompanhou atentamente o único debate ocorrido nessas eleições de 2018 e que certamente irá mudar os rumos de um possível segundo turno. 
Uma análise apartidária do desempenho de todos os candidatos,cujos ecos , ainda reverberam em toda mídia local e principalmente nas redes sociais.   
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Foto Internet.
Flávio Dino 65: Acostumado a ser pedra, o governador do Maranhão que sempre foi a favor da alternância de poder, ontem (2), foi vidraça e mostrou que não quer largar o osso da viúva. 
Visivelmente nervoso, nem de longe Dino foi aquele “Samurai” que dominou o debate de 2014, “cortando me pedacinhos as asas” de Edinho Lobão (MDB), então candidato da família Sarney na época. 
Nesse debate, Dino estava apático, com um discurso fraco de uma mudança que não houve e tentou com joguetes de palavras debochadas, intimidar os seus oponentes, que claro, foram todos aqueles que estavam ali no recinto.
O governador por diversas vezes tropeçou em suas próprias palavras e como um mágico de um circo vazio, tentou ele mesmo acreditar em suas próprias palavras, que não convenceram os telespectadores. 
Pegou mal e ficou feio, tantas inverdades, como a despoluição da Lagoa da Jansen, inclusive sendo alvo de dezenas de memes na internet. 
O Dino saiu menor do que entrou e conseguiu não só ascender a chama da renovação do Palácio dos Leões, como carimbou a eleições para um segundo turno.
Dino ficou em quinto e último lugar, na pesquisa do Blog, feita após o debate nas redes sociais.  
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Foto Internet.
Maura Jorge 17: De alma lavada e engomada  por ter a oportunidade de “dar o troco” de igual para igual  em Flávio Dino por conta do notório episódio que a proibiu de falar no seu palanque em Lago da Pedra, município maranhense na época em que era Prefeita. Pois bem, ela encontrou ali  o momento ideal para falar tudo aquilo que sempre teve vontade e nunca pode.
Alternando momentos de lucidez e rancor, Maura Jorge mais parecia cabo eleitoral de Bolsonaro, do que uma das protagonistas da disputa eleitoral majoritária no estado.
Em alguns instantes deixou Dino desconcertado e em outros jogou a bola pra cima pros outros cortarem, como foi o caso de Roberto Rocha do PSDB. 
A candidata do PSL, quis surfar na “onda Bolsonária” e se esqueceu por diversas vezes de apresentar as suas propostas para o estado. poucas vezes falou de seu plano de governo, o que frustrou muitos expectadores, que esperavam mais de sua atuação.
Maura Jorge ficou em segundo lugar, na pesquisa do Blog, feita após o debate nas redes sociais. 
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Foto Internet. 
Odívio Neto 50: O candidato do PSOL foi “a zebra” do debate, surpreendendo muitos telespectadores, por seu conhecimento técnico dos mais variados temas. 
Odívio estava ali como franco atirador e direcionou a sua metralhadora giratória para todos os seus oponentes, como se “buscar um lugar ao sol”, fosse caso de vida ou morte.
Deixou Dino, Maura, Roseana e Roberto em alguns momentos sem resposta objetiva para as suas colocações. O esquerdista se saiu além do esperado, mas faltou um pouco mais de conhecimento político para que seu desempenho fosse melhor e pudesse - quem sabe - o conduzir pelo menos  para a frente da vitrine de um possível segundo turno.
Odívio Neto ficou em quarto lugar, na pesquisa do Blog, feita após o debate nas redes sociais. 
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Foto internet. 
Roseana Sarney 15: A filha do ex-Presidente estava visivelmente nervosa, gaguejou bastante, mostrou-se em determinados momentos insegura, ao ponto olhar para os lados como se buscasse respostas no ar. 
Ex-governadora por 4 mandatos e afastada da política desde 2014 (quando passou o governo pro ex-presidente da Assembléia Arnaldo Melo do MDB), para morar nos EUA, teve um desempenho insatisfatório, mesmo trazida de volta para a disputa eleitoral pelo seu maior oponente, o governador do PCdoB. 
Para uma ex-governante, Roseana parecia não lembrar de dados positivos de suas próprias gestões, para confrontar com dados negativos da atual gestão comunista. 
Em alguns momentos “ a branca”deixou Flávio Dino de calça curta, mas em outros, parecia se enrolar nos novelos de suas próprias palavras, numa tentativa de vencer o estica-e-puxa do tão esperado embate da atual polarização maranhense, entre a “oligarquia” com a quem sabe, uma futura “dinastia”. 
Roseana Sarney ficou em terceiro lugar, na pesquisa do Blog, feita após o debate nas redes sociais.
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Foto Internet.
Roberto Rocha 45: O filho do ex-governador Luiz Rocha, dominou o debate, soube aproveitar cada deixa de seus oponentes, marcando suas respostas com fragmentos de suas propostas para o desenvolvimento do estado. 
Seguro e objetivo, como num jogo de voleibol, Roberto aproveitou a bola levantada por Maura Jorge e Roseana Sarney e cortou-a em cima de Flávio Dino e Odívio Neto.  
O tucano quebrou a internet, não foi surpresa pro Blog que já havia cantado essa pedra em posts anteriores, dizendo que ele seria o “Eduardio Braide” de 2018. 
A saber o jovem Braide do PMN após a sua participação nos debates de 2016 e contra todas as pesquisas, passou para o segundo turno contra o prefeito que acabou se reelegendo Edivaldo Holanda Júnior do PDT.
Falar de Roberto após esse debate parece até um pleonasmo, mas ele mostrou tudo aquilo que os indecisos precisavam ver, para definir sob a luz da última  hora o tão precioso voto.
Bem preparado para exercer o maior posto executivo do estado do Maranhão e com propostas reais e viáveis como a ZEMA e a BR 308, Roberto Rocha convenceu até a oposição que foi sem sombra de dúvida, o candidato com o melhor desempenho nesse debate.
Traduzindo, com tamanha visibilidade o tucano abriu uma grande possibilidade não só de chegar aos dois dígitos e sair mais forte do que entrou, como de realmente passar para o segundo turno que a partir de ontem (2), ficou muito mais evidente.  
Roberto Rocha ficou em primeiro lugar, na pesquisa do Blog, feita após o debate nas redes sociais.
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Imagem internet.  
Após o debate, o candidato a deputado estadual Fábio Câmara do MDB, fez uma piada com o governador Flávio Dino do PCdoB, com a “ despoluição da Lagoa da Jansen”, dita pelo comunista e que virou meme nas redes sociais, por se tratar de uma inverdade.  
Confira esse momento pastelão de Flávio Dino aqui: 
https://youtu.be/nMJuwdzInLo
Opinião do Blog:
Sem a participação expressiva de Márcio Jerry candidato a deputado federal ( braço direito de Dino), o governador ficou perdido nessas eleições, mostrando-se um candidato fraco, mesmo com todo o aparato da máquina administrativa lhe dando cobertura política. 
Dino perderá essas eleições, podem anotar!  
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easteregggeek-blog · 6 years ago
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A adaptação de “O Senhor dos Anéis”
Eu estava devendo este texto há pelo menos sete anos. Deveria tê-lo escrito em 2011 quando o primeiro filme completou 10 anos de lançamento, em 2013 quando o último filme completou 10 anos e logo depois que que o último filme da trilogia o Hobbit foi lançado nos cinemas. Mas agora vai.
           Eu me lembro muito bem do dia em que fui assistir a sociedade dos anéis no cinema, no carro eu me perguntava se o que eu veria na telona seria igual ao que eu tinha imaginado ao ler os livros. Li a trilogia pela primeira vez entre os 14 e os 16 anos. A segunda leitura aconteceu um pouco antes do filme ser lançado. Me lembro que passei o ano inteiro enchendo o saco dos meus colegas de faculdade que não conheciam a história sobre os livros e os filmes.
Uma cena em particular de a sociedade do anel me chama atenção até hoje: o grupo já tinha saída de Lothlórien e está navegando pelo rio Anduin e os expectadores vêem uma panorâmica permitindo visualizar toda a geografia da região a cena acaba com a imagem de uma cachoeira. Para quem leu os livros vai lembrar que o Tolkien passa quase duas páginas descrevendo toda a geografia, e essa tomada é a representação cinematográfica perfeita do que Tolkien escreveu. Para mim esses pequenos detalhes é que fazem valer a pena ler o livro antes de ver o filme.
Na minha opnião os três filmes são muito bons, mas preciso falar um pouco sobre a relação entre os filmes e os seus respectivos livros. Porque eu teria feito algumas escolhas diferentes das que Peter Jackson fez.
           A sociedade do anel foi uma boa adaptação do livro. Tom Bombadil ficou de fora, mas desde que eu vi o anúncio do filme pela primeira vez eu imaginei que isso fosse acontecer. Como fã da história eu gostaria muito de vê-lo nos cinemas, e apesar dele ter sido mencionado durante o conselho de Elrond, sua participação na história é muito pequena e ao retirá-lo dos filmes Peter Jackson ganhou mais tempo de tela para contar fatos mais importantes. A cena em que Gimli pede um fio de cabelo a Galadriel ter sido colocada na versão extendida também foi um acerto de Jackson. E é um easteregg legal para quem leu a trilogia e para quem leu o silmarillion e sabe da relação de Galadriel com Feannor e do pedido do elfo por um fio de cabelo a Galadriel.
           Particularmente tenho algumas ressalvas com relação a adaptação de as duas torres. O filme é espetacular, a batalha do forte da trombeta é uma das melhores cenas de batalha que eu já vi no cinema. O problema do filme é que ao contrário de a Sociedade do Anel em que Peter Jackson soube trabalhar o tempo de tela, para mim, ele perdeu tempo de tela mostrando cenas que não estão no livro e para mim completamente desnecessárias e acabou deixando de mostrar cenas mais importantes como a que Gandalf explica tudo que está acontecendo a Aragorn Legolas Gimli.
Gandalf que na opinião é o personagem mais injustiçado dos filmes. Primeiro, a cena do portão em Moria que ele descobre sozinho o enigma da porta: Fale amigo e entre. E não fale, amigo e entre como ele tinha lido da primeira vez. Frodo não o ajuda em nada no livro. Segundo a cena mencionada acima em que ele explica tudo que está acontecendo e é completamente cortada do filme. Terceiro a famosa conversa dele com Saruman depois da batalha do forte da trombeta. Em um determinado momento da conversa, Saruman vira as costas para ele e Gandalf diz: Saruman, volte. E o antigo mago branco tenta resistir a ordem, mas não consegue. Na versão extendida ele quebra o cajado de Saruman. Lembrando que é depois dessa conversa que Língua de cobra joga o Palantír e Pipin tem o primeiro contato com o orbe.
Mas a pior de todas é quando o Nazgul quebra o cajado dele na batalha de Minas Tirith, pelo menos essa cena apareceu apenas na versão extendida, para mim não deveria nem ter sido cogitada quanto mais filmada. A última das injustiças com o mago branco acontece após essa batalha. Há uma reunião para decidir o que vai se fazer e quando Faramir relata que Frodo adentrou Mordor pelas escadarias de Cirith Ungol, Gandalf dá ideia para eles atacarem pelo outro lado para distrair Sauron, Gandalf é quem diz que Sauron acredita que eles estão de posse do anel e que eles têm que continuar fazendo que ele acreditar nisso. Todas essas falas no filme são atribuídas a Aragorn.
Alguém pode argumentar que isto aconteceu para que Gandafl não se sobressaísse em relação aos outros personagens, mas esse é exatamente o problema. Gandalf está em um nível acima de todos na sociedade do anel. Ele é uma entidade enviada pelos Valar (entidades consideradas como deuses no universo de Tolkien) para ajudar na luta contra Sauron e como tal deveria ter sido retratado nos filmes.
Outro problema de As Duas Torres é Faramir que para mim tem parte de sua essência mudada. Desde criança ele sempre teve mais proximidade com Gandalf e esse foi um dos motivos para que seu pai claramente preferisse seu irmão mais velho. Essa proximidade com Gandalf fez com que ele aprendesse sobre o anel e o quão perigoso ele era. O Faramir do livro nunca pensaria em levar Frodo para Minas Tirith para usar o anel como arma contra Sauron. No livro ele deixa Frodo partir assim que descobre o que o hobbit estava carregando e ainda diz que se encontrasse o anel perdido na estrada o deixaria aonde tinha encontrado intocado.
As duas torres continua sendo um bom filme, mesmo sendo uma péssima adaptação do livro. Peter Jackson desperdiçou tempo de tela contando coisas que Tolkien nunca teria escrito e deixou coisas essenciais para história de fora.
O Retorno do Rei, assim como a sociedade do anel é um ótimo filme e uma ótima adaptação. Peter Jackson soube aproveitar o tempo de tela e suas escolhas foram ótimas. O expurgo do condado por exemplo é apenas o maior capítulo do livro, mas deixaria um filme longo apenas mais cansativo se tivesse sido incluído, uma boa escolha dele na minha opinião. O final do filme é o final do livro, mas Tolkien escreveu nos apêndices sobre o que aconteceu com os personagens depois que Sam retorna para bolsão, recomendo a leitura.
Tolkien uma vez disse que o maior defeito do livro é que ele é curto demais. Concordo, o final do livro deveria ser quando Legolas constrói um barco e leva com ele Gimli para Valinor. “E, quando aquele navio desapareceu, terminou a sociedade do anel na terra média”, estas deveriam ter as últimas palavras do livro e serão as últimas palavras deste texto: “E, quando aquele navio desapareceu, terminou a sociedade do anel na terra média”.
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claquetevirtual · 7 years ago
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Considerações sobre Star Wars: Os Últimos Jedi (com alguns spoilers)
Já nos trailers Luke Skywalker avisava Rey e por consequência todos nós de que em Os Últimos Jedi as coisas não sairiam como esperávamos. Essa é apenas umas das temáticas que Rian Johnson trouxe para o Episódio VIII, que lida em todos os sentidos com a criação de expectativas e o quanto ela pode ser quebrada quando confrontada pela realidade, dentro e fora das telas. Personagens e expectadores entram nesse novo capítulo de Star Wars unidos por esse sentimento único, carregando consigo um conjunto de ideias pré-concebidas de como tudo poderia (ou deveria) ser, como Rey esperando encontrar em Luke o mestre mítico que lhe aceitará de imediato e ensinará os caminhos da Força, ou Rose, esperando que Finn seja o herói que ela imagina em seu crush de admiradora secreta e membro de seu fã-clube na Resistência, ou mesmo Poe, que rapidamente bate o martelo e forma seu julgamento sobre ações e a capacidade da vice admiral.
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O paralelismo com as teorias criadas pelos amantes de Guerra nas Estrelas é evidente, cada um nutrindo o que eles pensavam ou queriam que acontecesse ao longo do filme, porém, como alertados por Luke desde o princípio, The Last Jedi subverte quase todas as "certezas" e adentra caminhos diferentes em uma jornada que suas figuras fictícias e quem os acompanham nas poltronas do cinema não esperavam. Não que tudo seja diferente e oposto ao que a saga costuma apresentar, pelo contrário, cada trecho é embebecido por ares (visuais e narrativos) característicos o suficiente para transformar o novo em familiar e o familiar em algo novo, outra vez. Por mais estranho que isso pareça a princípio e aos olhares menos atentos. Muita gente pode sair insatisfeita com isso, se sentindo até mesmo traída pela direção adotada, esperando uma trama que seguisse a “linha A” como especulado por eles ao final de O Despertar da Força, mas indo em uma “linha B” ao invés disso. Aos que se entregarem mais a proposta, Rian acrescenta ademais pontos para aprofundar os enredos e conceitos, como a noção de que devemos aprender c/ as falhas e que para prosseguirmos é necessário abandonarmos o que nos prende ao passado.
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Ambas são igualmente mensagens metafóricas, nada é perfeito e erros são cometidos mesmo pelas pessoas mais sábias, Star Wars não é imune a isso, reconhecê-los é importante para evitá-los, ao mesmo, a presença deles é esperada e deve ser encarada como uma possibilidade de crescimento, não como sinal de que tudo está perdido e deveria ser abandonado, como Skywalker pregava. Lição ressonante para os Jedi e para quem os admiram no mundo real. O desapego também é fundamental para não ficarmos estagnarmos ou pior, regredirmos, dar passos significativos consiste em sair de nossa perigosa zona de conforto, mesmo que carreguemos conosco um pedaço do que é mais importante manter junto. É a eterna busca do equilíbrio entre o lado Negro e o Luminoso, a arrogância e a cegueira dos extremos é perigoso e destrutivo, podendo ser remediados com a coragem de mudar o que é preciso e manter o essencial para não piorarmos de situação. O custo disso é alto, todavia, lucrativo, tanto pra Disney/Lucasfilm quanto para suas obras, abrindo o espaço para futuras crias explorarem locais inéditos e permitindo uma constante renovação que tornará possível StarWars sobreviver tendo uma fita, pelo menos, por ano.
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Ampliar os horizontes, nosso entendimento das possibilidades abertas pela Força, aceitando a diversidade de habitantes dessa galáxia distante, pesando os prós e contras de cada ato imperfeito realizado por indivíduos metaforicamente e lendariamente imperfeitos e o quanto o bem e ou mal se demarcam como meros pontos de vista (D.J. é representante desse comentário político e de que a Guerra é benéfica para os bolsos de muita gente), ajuda os polos que debatem com a mesma paixão que defendemos arduamente as escolhas que gostamos (e condenamos as que odiamos). Nessa simetria entre os lados, Os Últimos Jedi começa e termina com alguém “enfrentando todo o Império sozinho”, em lutas cheias de sacrifícios que modificam o status quo e permitem que a esperança sobreviva mesmo diante das mortes mais duras e destruições mais custosas. Todavia, como Rose, a fangirl assumida, bem resume, essa é uma luta para proteger aquilo que amamos, não para destruir aquilo que odiamos. Recado que faria um bem danado se fosse verdadeiramente entendido pelos que saíram mais insatisfeitos com a audácia dos produtores em descontruir esse mito e o repaginar para o sentido não se perder para as gerações futuras, tradição mantida desde que a humanidade desenvolveu a habilidade de contar histórias e as temperar com as mudanças do tempo, para que não fossem esquecidas c/ o passar das Eras.
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TLJ não é aquilo que muitos esperavam, certamente. Sendo mais denso do que a perspectiva diminuta configura. Agora pode ser esmiuçado com afinco – é daqueles que é preciso assistir inúmeras vezes para assimilarmos tudo o que está sendo passado - numa experiência de reflexão e pesar que nos manterá bem ocupados e mais expertos quanto a nossas profecias até o Episódio IX estrear e com sorte, acrescentar desafios extras para Rey e Cia. e a todos que estão acompanhando a franquia criada por George Lucas “há muito tempo”, perfeitamente, para servir como diversão escapista e alusão a alguns dos dramas mais humanos que reconhecemos e enfrentamos, como o eterno choque de gerações (os Deuses gregos, por exemplo, sempre confrontaram seus pais, estes, temerosos que seriam “comidos” por eles, no fim, somos destinados a assumir o lugar de nossos mentores e responsáveis no ciclo de começo, meio e fim que a vida nos entrega), ou o conflito pessoal de cada um ao praticar atos de grande bondade ou crueldade, dependendo de nossas escolhas mais empáticas ou egocêntricas (Rey e Kylo são dois lados da mesma moeda e os autênticos protagonistas, cada um se aproximando ou se distanciando do outro como resultado das decisões tomadas ao longo da estrada mútua que compartilham) na inacabável batalha, interna e externa, que temos que encarar para construirmos algo de melhor. 
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Obstáculos são inevitáveis e a forma como optamos para lidar com eles é que nos colocam a serviço da Primeira Ordem, ou entre os que não se aliam a ninguém (ou ficam inertes) ou junto aos que se juntam aos Rebeldes em sua corrida contra a tirania que de tempos e tempos ameaça o universo. E sempre será assim. Não somente por motivos comerciais (os Porgs que o digam em sua fofura de brinquedo), mas porque a vigilância eterna é um requisito para que as trevas não conquistem tudo, de vez. Seja no coração de um Luke que quase cedeu ao Imperador (citado nominalmente como nos prelúdios, representados por Canto Bright e pelos meninos com potencial “escravizados” nos jogos promovidos pelos chefões locais) ou nas campanhas contra toda organização “nazista” surgida das cinzas da doutrina e das intermitentes maldades no coração dos homens (aqui, outro aprendizado importante: Hux se assemelha não acidentalmente a um neofascista, em ferocidade animalesca e estupidez, elementos que o tornam massa de manobra perfeita na mão de seus superiores, cuja deformidade de caráter é visualizada integralmente em faces cada vez distorcidas e cheias de feias cicatrizes). Rian e sua equipe encaixam uma deslumbrante fotografia em teses mais profundas que a avaliação superficial costuma permitir, sobretudo, se perdida no humor que nunca é deixado de lado ou nas escolhas mais incômodas e nossa determinação a achar defeitos quando queremos. Quem quiser se concentrar neles terá a certeza (equivocada) de que nada presta. O mesmo ocorreria com quem ignora o que não funciona para manter no pedestal seu objeto de adoração maior. A arte é ainda mais subjetiva do que a área cinzenta que cresce no espaço entre o preto e o branco, o 8 e o 80 entre grupos opostos. 
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Da mesma forma com que os mais fanáticos tendem aos extremos, as opiniões mais gritantes sobre Star Wars ou qualquer outro produto tão querido, denotam não somente diferenças naturais de gosto, algo comum e válido, mas certa tendência a nos cegarmos em demasia devido a um amor desmedido ou a uma “oposição” exagerada e reativa a qualquer frustração com os resultados. Nesses casos, o melhor mesmo é escutar o mestre Yoda, que com toda a sua sabedoria milenar, humildemente, ressurge dentro de seu espírito da trilogia clássica para nos lembrar e nos convidar a sermos menos fundamentalistas. Da mesma forma com que ele aceita e se diverte com o fato de que o jovem Skywalker tem muito a aprender e que nada será como antes, podemos encarar as críticas (positivas e negativas) da mesma forma, com bom humor e as abraçando como parte de um conjunto que envolve seres humanos tão falhos quanto suas contrapartes nas telonas. Em um constante processo de cair e levantar e evoluir não somente com nossos acertos, mas com cada erro e expectativa não concretizada. Os Últimos Jedi fecha em uma posição onde seus indivíduos crescerão com os imprevistos que passaram, podendo o público fazer o mesmo e aproveitar essa deixa tão clara para revermos conceitos e aceitarmos que nem tudo permanece como a gente gostaria ou esperava. E que J.J..Abrams, especialmente, não se esqueça disso, evitando a chatice de sabermos de antemão como tudo ocorrerá, daqui pra frente. O melhor pode vir, justamente, dessa incerteza. Mesmo que a única certeza de momento seja o fato de que Star Wars prosseguirá. Pra sempre, se saber seguir se renovando (e faturando nas bilheterias mundiais).
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in-amount-blog · 8 years ago
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“A GRANDE BELEZA”, UMA BUSCA AMPLA E INCESSANTE PELO ESSENCIAL
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Foto: Google Imagens
Com um trabalho firme em cima da estética e diálogos diretos, “A Grande Beleza” é uma sequência de significados que trabalham diretamente com a subjetividade e as sensações do espectador. Jep Gambardella, escritor interpretado por Toni Servillo, aparece em sua grandiosa festa de aniversário, derrubando toda a expectativa clichê de se tratar de um homem rico mesquinho e superficial. Se dizendo um homem fadado à sensibilidade, faz com que a trama se desenrole através do seu olhar e da sua busca pela verdadeira importância das coisas. Imagens panorâmicas deixam o filme ainda mais poderoso em sua grandiosidade, e a riqueza dos detalhes força ainda mais o intuito de cada expressão e personalidade apresentada no desenrolar das cenas. 
Já no começo, o filme abre o espaço para essa subjetividade das sensações criadas por Jep, dizendo que “Nossa viagem é imaginária. É essa a sua força”. Roma é muito bem exposta por seus grandes monumentos e pela sua cultura. A paz da iluminação do sol e as vozes das mulheres em coro, com o azul leve da água que parece conversar com o azul da blusa da guia turística, e o bege dos monumentos, contrastam firmemente com a noite agitada da cena seguinte. O coro, dá espaço para a interrupção daquela paz, quando o turista cai, dizendo algo como se toda beleza tivesse seu fim. Ali, fotografando o que considerava belo, ele cai, e pronto. Isso serve como um guia para o pensamento da maior parte do filme: a busca pelo sentido do belo. 
Em outros pontos, como na conversa da moça que se envolve com um senhor rico, mas conversa na frente dele com um jovem “mais bem apresentável”, também abordam a questão da beleza em sua subjetividade. Depois de toda a festa e a descrição de Jep sobre a sua sensibilidade, o filme caminha como se tudo o que acontecesse no seu universo estivesse ligado à sua procura pela beleza e à sua sensibilidade. Na sua infância, quando a pergunta era o que mais gostavam, todos os seus amigos respondiam “vagina”, Jep respondia “cheiro da casa dos velhos”. Aí fica a deixa para a compreensão da busca do filme todo: a beleza está na subjetividade. Nem sempre é aparência, para Jep, era essência. Uma festa incrível chega ao fim, e sobra a anã bem-sucedida profissionalmente, na mesma sala de vidro onde antes tinha uma dançarina incrível, e ela procura as pessoas, entre copos de bebidas deixados em qualquer lugar, mas encaixados perfeitamente na cena com sua roupa e céu azul, a logo da Martini e o líquido dos copos em um tom alaranjado. Até mesmo os contornos escuros das letras combinam com o escuro do piso, cabelo e bolsa que aparecem na cena. Sem dúvidas a paleta de cores foi pensada para causar uma certa nostalgia das cores frias com um toque quente do laranja. 
 Quando a festa termina, de novo podemos voltar à tranquilidade das cores neutras e de cenas leves. Essa disposição indica que, para Jep, é impossível separar a sua sensibilidade de observar crianças com roupas cristãs, da sensibilidade de se sentir algo à parte do resto do mundo no meio de uma festa grandiosa. Conversas aleatórias no telefone aparecem na primeira cena, com um executivo descendo do ônibus, e depois da festa, aparece uma senhora com guarda-chuva em tom de laranja que combina com a parede da cena anterior. Nessas conversas, esculachos à terceiros não passam despercebidos, trazendo uma pitada de caos à tranquilidade da cena. Não são personagens principais dentro da história como na maioria dos filmes convencionais, mas pedem muito da nossa atenção para que nos voltemos ao verdadeiro sentido da construção dramática da trama e os seus objetivos reflexivos. Outra coisa que se pode observar trabalhando com as cores, é que as cenas são compostas predominantemente por uma cor “x”, e com uma cor “y” destacando um certo ponto. A cor predominante “x” de determinada cena, passa a ser o ponto “y” da outra. 
Depois de uma freira em uma árvore, um céu azul e as laranjas caídas no chão (que combinam com o muro da cena anterior), a análise da beleza passa para a concepção mundana da estética, se assim podemos dizer, como o terno de um alfaiate famoso. O belo e a qualidade. Em seguida, é relacionada à crença, com o amuleto que ele ganhou como presente de aniversário. “Ainda bem que dá sorte, porque o treco é feio demais“. O belo e a utilidade. O filme consegue englobar a cultura, a razão, e a arte, entre seus recursos de “lens flare” e “golden our”, mantendo sua leveza estética associada ao viver do personagem principal. As imagens da criança sendo cuidada pela freira, parece fazer parte das suas memórias infantis, dizendo que seu estado de espírito hoje é trazido da sua própria infância. A maneira que viveu deu a ele essa percepção sensível das coisas à sua volta, mas então, onde está a sensibilidade de compreender a artista que bate a cabeça contra uma parede para expressar a dor de um amor? Até a concepção da dor da atriz é explicada pela sua vivência ou não vivência. A vida adulta o fez deixar de lado o superficial, e até mesmo a sua sensibilidade caminha por um rumo paralelo à sensibilidade dos demais, como se fosse algo superior ao que foi ditado socialmente. Sua concepção quebra até a beleza alternativa, porque a sua análise preza o questionamento próprio: alternativa à quê? Almofadas são usadas para amortecer o impacto, e ele sabe disso. 
Entre tantos acontecimentos aleatórios, mas que levam a um único fim, a conversa com o marido de Elisa, quando ele diz que podia ter filhos e o marido dela diz que ela também podia, eles sintetizam em um único motivo o relacionamento ideal. O belo e a idealização. Dois homens que choram pela mesma mulher. Se ela tivesse vivido com Jep, sua vida teria sido mais bonita? Esse é o questionamento do marido. Viveram juntos por 35 anos, e ele foi mencionado apenas como um bom companheiro. Jep sente, mas banaliza. Fazia tantos anos, seria a dúvida pelo que poderia ter acontecido que a fez o amar? Deixa qualquer sentimento de lado para partir à prática: o que o marido vai fazer agora? O que fez a vida inteira. Continuar adorando Elisa. Para Jep, nada mudaria, e a sua busca é incessante, como a procura pela menina que foi procurada por mais de uma hora, e estava imóvel no mesmo lugar, trazendo a ele uma crise existencial. Depois, em uma conversa com um amigo, aparentemente banal, ele deixa claro: “na minha idade, beleza não basta”. Mas o que bastaria? “Sempre acontece alguma coisa em Roma”. Esse é o motivo para voltar a escrever depois de anos. Mesmo que nada tenha acontecido, o nada já é alguma coisa. 
 Na metade do filme, o estereótipo da beleza civil é confrontado na cena do “professor” com suas aplicações. A sua persuasão vem como uma crítica social. Quantas pessoas entram em salas de cirurgias sem saber se vão voltar, em busca de uma beleza ideal ditada pela massa? E a ética profissional, com a valorização do capitalismo, é deixada de lado, junto ao mito da crença que ele cria com o seu poder de persuasão. O ceticismo de Jep é claro, mas nem sempre foi assim. Uma grande paixão parece ter aberto ainda mais seus olhos, e roubado a sua inocência. Mas, em determinado momento da sua vida, a busca pela beleza também se volta para a paixão, e o “estar apaixonado” que há tempos ele havia perdido, reaparece ao conhecer uma dançarina de boate. 
Cada etapa tem como objetivo apresentar exatamente a busca de Jep. Sarcástico, cético, soa estúpida a maneira como tenta encontrar nas pessoas exatamente o que procura na sua própria vida, até suas expressões faciais falam com quem interage de maneira a tornar seus pensamentos explícitos. Sua própria casa mostra um crítico direto, e com um ego excepcionalmente seguro, entre livros, cigarros e teto de mar azul. Sem dúvida, ao explorar toda a sua riqueza, a necessidade humana de buscar sempre mais o dispersou do estereótipo de socialite. A primeira demonstração de sua personalidade sólida foi durante uma entrevista com a artista surreal, e depois, quem sabe no diálogo mais forte do filme, derruba a vida idealizada de uma escritora de onze livros e a reduz a uma carreira conquistada pelo relacionamento influente e questões financeiras. Por acreditar ter “acordado” tarde demais para as coisas que realmente significavam, Jep jogava nas pessoas à sua volta a dureza das suas palavras sinceras, e não se prendia naquilo que não desejava fazer. Autor renomado por escrever um único livro quando era jovem, se tornou um homem rodeado de pessoas influentes e cultas, e isso o fez analisar a maneira como a beleza é absorvida pelas pessoas. 
Dentro do seu contexto social, o personagem de Toni Servillo explora de maneira hiperbólica todos os campos da beleza, e seu olhar analítico vai abrindo uma expectativa para a intensidade do próximo acontecimento. Artes, problemas sociais, religião, relacionamentos afetivos, trabalho, até mesmo a morte; tudo é analisado para dar sequência na busca, mas a obra é dirigida de maneira cuidadosa, para manter a proximidade com o público em geral. Seu visual agradável prende o expectador, que caminha junto, com a mesma busca. Sem dúvida, o filme conquista o seu objetivo, cena a cena.
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